“‘Lupin’ usa o racismo como ponto cego”, diz criador da série

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Protagonizado por Omar Sy, série francesa da Netflix acaba de ganhar segunda fase

Vestido de faxineiro, Assane Diop (Omar Sy) entra e sai, sem levantar suspeitas, do Museu do Louvre, onde planeja um roubo mirabolante: no meio de um leilão apinhado de ricaços, ele pretende sair de lá com um colar de diamantes da famosa última rainha da França, Maria Antonieta. A ação que abre a série francesa Lupin, que acaba de ganhar uma segunda temporada na Netflix, soma-se a muitos outros planos divertidos de se assistir realizados pelo protagonista, um grande fã do vigarista da literatura francesa Arsène Lupin, do autor Maurice Leblanc, apelidado de “o ladrão gentil”.

 

Uma das séries mais populares da plataforma de streaming, Lupin se vale do charme de seu protagonista assim como das belezas do cenários parisienses, mas atrai, também, por essa alfinetada ao racismo, à desigualdade social e ao mal-estar que os super-ricos causam não só na França como em boa parte dos países do mundo. A VEJA, o criador da série, o inglês George Kay fala sobre a nova fase.

 

“O racismo cega, logo, algumas pessoas passam despercebidas em diversos ambientes. Então, quando estávamos desenvolvendo a série, decidimos que ele não se disfarçaria em todas as ocasiões. Lupin usa a desigualdade social e o racismo como pontos cegos e de invisibilidade. Assim, ele pode entrar e sair de lugares, especialmente como subalterno. É assim no mundo todo, infelizmente, olhamos para as pessoas a partir de filtros sociais. Por isso ele não precisa de um disfarce elaborado sempre.Às vezes, só um uniforme já o torna invisível.” Diz o autor sobre a importância da questão racial na série.

 

Fonte: veja

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